Cronos, de novo

Eu sei, estou muito quietinha por aqui - é consegui me "pendurar" em dois artigos que precisam estar prontos até o dia 03 de março - um para um congresso nacional de historiadores e outro para uma apresentação numa mesa redonda no começo de março na UFMT, em Mato Grosso. E um release, para o disco novo da Tetê. Estou tão endividada com meus amigos que ainda serei apedrejada na rua :-)!
Esses artigos são um desafio pra mim - nascem com dor de parto, talvez porque eu gostaria de me sentir mais segura sobre o que escrevo. Cada um dos meus artigos que já foram publicados tenho vontade de recolher e rearrumar - coisas que mudaram, coisas que descobri depois, coisas que mudei de idéia... Já nascem ex-artigos, como eu. A História devia ser assim, como um blog, onde a gente pode voltar e arrumar, completar, construir e desconstruir os textos e o que contamos.
Escrever aqui tem sido uma delícia - não "ter que" ser nada, só colocar o que vai passando pela cabeça é indizível. Aqui não sofro. Então só mais um pouquinho - estou me guardando pra quando o carnaval chegar...
Marcadores: cronos
12 Comments:
Já que tem tanta gente quereno te apedrejar, eu posso tomar duas atitudes:
1- Pedir que deixe a testa reservada para mim
2- Dizer: querida, vai dar tudo certo, não esquenta não...e descanse nesse carnaval, nada de sair de colombina de novo, enchendo a cara, viu?
beijos de sua amiga de sempre
Eu, ao contrário, sempre sofro um pouco ao digitar um novo post... O quê dizer? Pra quem dizer? Alguém vai ouvir/ler? Criticar, concordar, discordar? Dá, sempre, medo, ansiedade, vontade de parar, não escrever mais.
bjo,
Clélia
(catando as pedras...)
Lembrei-me de um poema, que gosto muito e tem a ver com estas "marcas" do envelhecimento:
GESSO
Manuel Bandeira
Esta minha estatuazinha de gesso, quando nova
– O gesso muito branco, as linhas muito puras –
Mal sugeria imagem de vida
(Embora a figura chorasse).
Há muitos anos tenho-a comigo. . .
O tempo envelheceu-a, carcomeu-a, manchou-a de pátina amarelo-suja.
Os meus olhos, de tanto a olharem,
Impregnaram-na da minha humanidade irônica de tísico.
Um dia mão estúpida
Inadvertidamente a derrubou e partiu.
Então ajoelhei com raiva, recolhi aqueles tristes fragmentos,
recompus a figurinha que chorava.
E o tempo sobre as feridas escureceu ainda mais o
sujo mordente da pátina...
Hoje este gessozinho comercial
É tocante e vive, e me fez agora refletir
Que só é verdadeiramente vivo o que já sofreu.
[extraído da "Antologia Poética de Manuel Bandeira", 12ª ed., Livraria José Olympio Editora, Rio de Janeiro, 1981]
Querida, adorei reve-la. Estou aqui, torcendo para que de tudo certo. Até porque estou esperando o meu mapa astral.
Beijos
Topei com um querido professor, que lisonjeiramente chamávamos de "barsa" e ele ficou repetindo: temos que publicar sua monografia, temos que publicar, é muito boa. E cadê coragem de expor aquilo que no fim acho que merece recomeço. Pelo visto, vamos na mesma toada. ;-) Beijus!
cade vc??????????
(catando mais pedrinhas... ;) )
O carnaval passou e ..nada!
caroooooooooooo....tem alguém em casa...?????????
Ôxe! Escrever aqui por "essas bandas" é bom demais!
Descompromisso comprometido com nós mesmas.
Sugestão: saia esses dias de capacete, Tati tá na tocaia...
Abs,
Liris Letieres
p.s. a verificação da palavra para liberar o comentário foi fogo!
Ó SÓ:
OYEAZWNL
zorra!
Carô,
Você é uma farsa
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