segunda-feira, junho 29, 2009

Meu Nego


Micro, o meu gato de 15 anos morreu ontem atacado por dois cães grandes. Velhinho, ele andava distraído dos perigos que sempre escapou. Um gato livre que viveu 15 anos é uma raridade.

O nome Micro veio do tamanho que ele chegou na casa de uma amiga - desmamado cedo, era tão pequenininho que cabia na palma da mão, um micro-gato.

Ele cresceu e se transformou numa pantera negra em miniatura - micro-pantera, e era o gato que me acompanhava em tudo, dos rituais mágicos, onde se ocultava sempre sobre minha capa à escrita da tese. Micro colocava ordem entre os outros gatos da casa, e impedia que gatos estranhos se aproximassem do seu espaço. Sempre me senti mais dele do que ele meu.

Ele e eu amávamos também uma outra gata Artemísia que também morreu na boca de um cachorro. Os dois juntos me deram tantas e tantas alegrias e momentos preciosos que se tornaram parte de mim, e foi ao lado dela que ele foi enterrado, na chácara em que vivi alguns dos melhores anos da minha vida.

Junto deles, ficou mais um pedaço do meu coração, a gratidão pelo amor e o cuidado que sempre tiveram comigo e meu amor por terem me escolhido para viver com eles.

terça-feira, junho 23, 2009

Ilusão à toa

O tempo é de um segundo
Um segundo e um suspiro
Respiração tão próxima
E passa o tempo sem tics
Nem tacs, nem toques
Fecho os olhos, não durmo e nem digo
Aspiro
Expiro
Espero ainda o tempo
O toque, o aroma, o olhar, a palavra
E o sabor dos cinco sentidos

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